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terça-feira, 21 de maio de 2013
A HISTÓRIA DA MÚSICA HEY JUDE
20 de fevereiro de 2013 • por Beatlepedia •
em Histórias de Canções. •
Quando Cynthia Lennon chegou de viagem e
encontrou John e Yoko juntos na casa onde ela vivia com ele, a separação
realmente começou. Um acordo provisório foi estabelecido para que Cynthia e
Julian, completamente abalados com a atitude de John, pudessem ficar em
Kenwood, casa em que John e morava com Cynthia, enquanto John e Yoko firmavam
residência em um apartamento em Montagu Square, no centro de Londres.
Paul McCartney e Julian Lennon – filho de
John e Cynthia que, na época da separação, tinha 5 anos – sempre tiveram uma
relação muito próxima. Paul foi o único do círculo de amizade dos Beatles que
foi até Kenwood demonstrar apoio por tudo o que havia acontecido. Ele foi
dirigindo de sua casa em St John’s Wood até Weybridge levando uma única rosa
vermelha. Paul tinha o costume de usar o tempo que passava no carro para
trabalhar em músicas novas e, nesse dia, preocupado com o futuro de Julian, ele
começou a cantarolar “Hey Julian” e improvisar uma letra sobre o tema do
conforto e da segurança. Em certo momento da viagem de uma hora, “Hey Julian”
se tornou “Hey Jules”, e Paul criou o trecho “Hey Jules, don’t make it bad,
take a sad song and make it better”. Foi só na hora de desenvolver a letra,
algum tempo depois, que ele transformou Jules em Jude, por achar que soava mais
forte e musical.
Paul chegou a Kenwood em uma tarde
ensolarada, entregou a rosa vermelha e disse “Eu sinto muito, Cyn, eu não sei o
que deu nele. Isso não está certo”. Paul ficou algum tempo. Disse que John
estava levando Yoko para as sessões de gravação o que ele, George e Ringo
detestavam. Paul havia terminado seu relacionamento com Jane Asher algumas
semanas antes. Jane havia voltado para casa, depois da turnê de uma peça de
teatro, com alguns dias de antecedência e o surpreendera na casa deles com
outra garota. Ela o deixou e, diferente de John, Paul se culpava e estava com o
coração partido. Depois de tantos problemas Paul brincou: “Nós podemos nos
casar, o que você acha, Cyn?”. Paul não se importou com o que John pensaria
disso e foi o único a desafiá-lo. Ele partiu prometendo manter contato, mas um
ou dois meses depois o relacionamento de Paul com a fotógrafa americana Linda
Eastman teve início e sua vida entrou em uma nova fase.
A música foi se tornando menos específica e
John achou que a música era dedicada a ele, encorajando-o a sair dos Beatles e
ir viver com Yoko (“You were made to go out and get her”). Um verso em
particular – “the movement you need is on your shoulder” – deveria ser apenas
um tapa-buraco. Quando Paul tocou a música para John, comentou que aquela parte
precisava ser substituída e que ele parecia estar cantando sobre seu papagaio.
“Esse provavelmente é o melhor verso da música”, disse John. “Deixe aí. Eu sei
o que significa”. Paul afirmaria mais tarde que, até hoje, lembra de John
quando canta essa frase em seus shows.
Julian Lennon cresceu conhecendo a história
por trás de “Hey Jude”, mas só em 1987 ouviu os fatos diretamente de Paul,
quando o encontrou em Nova York. “Foi a primeira vez que nós sentamos e conversamos.
Ele me contou que vinha pensando na minha situação todos aqueles anos atrás, no
que eu estava passando e pelo que eu ainda teria de passar no futuro. Paul e eu
passávamos bastante tempo juntos – mais do que meu pai e eu. Talvez Paul
gostasse mais de crianças na época. Tivemos uma grande amizade, e parece haver
muito mais fotos daqueles tempos em que estou brincando com Paul do que com meu
pai”, conta Julian. “Eu nunca quis saber realmente a verdade sobre como meu pai
era e como ele era comigo”, ele admite. “Mantive minha boca fechada. Muita
coisa negativa foi dita sobre mim, como quando ele disse que eu tinha saído de
uma garrafa de uísque em um sábado à noite. Coisas assim. É muito difícil lidar
com isso. Eu pensava ‘cadê o amor nisso tudo?’. Foi muito prejudicial
psicologicamente, e por anos isso me afetou. Eu costumava pensar ‘como ele pôde
dizer isso sobre o próprio filho?’”.
Julian não se limita à letra de “Hey Jude”
já há algum tempo, mas acha difícil fugir dela. Ele está em um restaurante e a
música toca, ou ela surge no carro quando está dirigindo. “Ela me supreende
toda vez que a escuto. É muito estranho pensar que alguém escreveu uma música
sobre você. Ainda me emociona”, ele diz.
“Hey Jude” foi o single de maior sucesso de
toda a carreira dos Beatles. Chegou ao topo das paradas no mundo todo e, antes
do fim de 1967, mais de 5 milhões de cópias tinham sido vendidas. A letra
original escrita por Paul foi comprada por Julian Lennon em um leilão, décadas
depois.
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