quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

“Let It Be”.


É o décimo terceiro e último álbum lançado pelos Beatles. Gravado entre janeiro de 1969 e março/abril de 1970, o álbum foi somente lançado em 8 de maio de 1970, após o disco Abbey Road (último disco gravado) e juntamente com o documentário com o mesmo nome. Inicialmente estava previsto chamar-se Get Back.
As músicas “Let It Be” e “Get Back” foram lançadas como singles no Reino Unido, mas em versões diferentes das encontradas no álbum. “The Long and Winding Road” foi lançada como single nos EUA.
Get Back
Em 1969, Paul teve a idéia de gravar o álbum e documentário Get Back (“volte”, em português) planejado para ser uma “volta às raízes”. Paul tinha grande vontade de ver os Beatles tocando ao vivo novamente, idéia que não agradava ao resto da banda, principalmente George que chegou a declarar que estava saindo da banda. John sem se importar muito ameaçou chamar Eric Clapton para o lugar dele, mas Paul não concordou por achar que os Beatles sempre seriam os 4 e mais ninguém. Em comum acordo eles resolveram gravar um álbum como se fosse ao vivo, assim como foi feito no primeiro álbum dos Beatles, Please Please Me. Para isso até fizeram uma foto no mesmo local da capa de Please Please Me só que agora um pouco mais velhos. John chegou a falar para George Martin num tom áspero: “Dessa vez queremos um disco honesto e não mais uma daquelas porcarias que você faz!”. Em entrevistas posteriores, Martin diz que engoliu aquilo a seco, mas pensou em responder que todos os discos dos Beatles eram honestos até aquele momento. Os ensaios iniciaram em mono, nos “Twickenham Studios” e, após uma breve interrupção devido George ter deixado a banda temporariamente, concluiram-se com o retorno de George junto a Billy Preston, com as gravações nos estúdios da Apple, em multi-tracks. Quando a Apple foi iniciada, os Beatles deram todo o dinheiro necessário para um “amigo charlatão” que John conheceu na Grécia, chamado Magic Alex, para que construísse um estúdio que foi descrito por ele como o melhor estúdio possível. Porém quando George Martin e seus auxiliares técnicos foram inspecionar o local viram como “o maior desastre de todos os tempos. A mesa de mixagem era feito de madeira velha e um osciloscópio antigo, e os 72 canais prometidos por Magic Alex, eram só 16 canais”. E dizia mais: “O local não tinha paredes isoladas do som e era possível ouvir o barulho dos canos, das tubulações e o ronco do ar condicionado.” Mas mesmo assim os Beatles estavam dispostos a “ensaiar e gravar em casa”, com a produção de Glyn Johns, com Martin em segundo plano (o que o deixou visivelmente chateado pelo trabalho desonroso, já que ele nunca tinha ganho nenhuma fama ou fortuna pelo trabalho com os Beatles mesmo tendo ajudado a elevar eles ao patamar atual de melhor banda do mundo).
Os Beatles escolheram 7 músicas durante Janeiro de 1969 e tais gravações culminaram com uma performance live, em uma espécie de mini-show, no dia 30 de Janeiro, no telhado dos estúdios da Apple em Saville Row, para o filme do mesmo nome, até a polícia pedir para o grupo parar, visto o tumulto nas ruas. Foi a última apresentação pública dos Beatles, em 30 de Janeiro de 1969. Três das canções tocadas live, no telhado da Apple Studios, permaneceram no álbum final, Let It Be; elas são: “Dig a Pony”, “I’ve Got a Feeling”, e “One After 909”, e vários diálogos gravados também no telhado aparecem entre as faixas do álbum lançado. No total, centenas de músicas foram tocadas e gravadas, durante as sessões de estúdio das gravações para o projeto Get Back/Let It Be. Além das originais lançadas no Let It Be, incluiam as canções todas do álbum Abbey Road, e várias canções que acabaram sendo lançadas nos projetos solo após a separação dos Beatles. Canções como, “Jealous Guy” (Lennon); “All Things Must Pass” (Harrison); “Teddy Boy” (McCartney), além de diversas outras covers interpretadas por eles no estilo de blues de doze compassos.
O álbum estava planejado para ser lançado em Julho de 1969, mas adiaram para Setembro, visto que queriam que este fosse lançado junto com o especial para a televisão—o filme sobre os bastidores da gravação do álbum.
Em setembro de 1969, adiaram o lançamento de Get Back, novamente; desta vez para dezembro, já que estavam com um novo projeto pronto para lançamento, às mãos, o Abbey Road”, o último disco “oficial”.
Em dezembro os Beatles pediram a Glyn Johns para produzir um álbum das gravações feitas para combinar com o filme—ainda não lançado então—, Get Back. E, durante o final de 15 de dezembro de 1969 até 8 de Janeiro de 1970, novas mixagens foram preparadas. A mixagem do álbum incluia, em adição, Across The Universe—um remix da versão original gravada no estúdio, em 1968)—, e I Me Mine, gravação toda original, mas com o mesmo arranjo da versão para o filme, e somente com Paul, George e Ringo tocando, uma vez que John já havia deixado a banda. Mas os Beatles não gostaram do trabalho apresentado por Glyn Johns.
Por Marina Sanches – @sancmarina.
Fonte: S.S.

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