terça-feira, 6 de outubro de 2015

“Revolution” - "Vai dar tudo certo" - THE WHITE ALBUM.

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A canção é de John Lennon e já havia sido lançado em compacto, do lado B de “Hey Jude”, mas com uma versão diferente, mais roqueira. Essa versão que abre o último lado do LP, é mais suave e quase acústica. John escreveu essa música e queria lançá-la no Lado A de um compacto, porque achava importante dizer às pessoas o que ele pensava sobre uma revolução. Em geral, eles evitavam falar de assuntos políticos (aparentemente, por ordens de Brian Epstein), como a guerra do Vietnã. John não queria mais ficar omisso a respeito e acreditava que a revolução era importante para melhorar o mundo:
Mal Evans, Ringo and John, White Album Ses­sions, Abbey Road Stu­dios 19689669_552612268101574_217616621_n
– Quando eu digo na canção “it’s gonna be allright “(vai dar tudo certo), é porque eu acredito nisso, ainda tenho aquela coisa de achar que Deus vai nos salvar. E, apesar de jogar o jogo do Capitalismo acho a revolução fundamental.
Mais tarde, John se tornaria um profundo admirador de Mao Tsétung. Mas esteve em dúvida sobre o assunto no que diz respeito à violência, tanto que gravou varias versões, dizendo às vezes “you can count me in” (pode contar comigo) e às vezes “you can count me out” (não conte comigo).
– A idéia de uma revolução violenta geral não me agrada, pois não quero ser assassinado.
Infelizmente, John só encontrou a parte da revolução de que não gostava: a violência. Nessa faixa, ele faz a voz principal em dois canais. A música ameaça começar, é interrompida, ouvem-se vozes, John diz “ok” e, então, a guitarra solo entra – inesperadamente, no canal esquerdo, pois na primeira versão estava do lado direito. O andamento varia, como se houvessem problemas de rotação e o corinho “do-di-do-uau-uau” lembra os anos 50.
Por Marina Sanches – @sancmarina.
S.S.

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