segunda-feira, 23 de março de 2015

NOTICIAS BEATLES - PAUL McCARTNEY



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Chamam-se “Hollywood Vampires”, já tiveram formações diferentes e vão tocar no Rock in Rio como homenagem a amigos vítimas da toxicodependência.
Imagine um génio da música a dormir. Em que pensará? Nos sons de uma guitarra ou na animada batida de uma bateria? Na perfeição dos acordes? Num ritmo, seja rápido ou lento? Na combinação de frases que hão-de resultar numa letra? Quando Joe Perry, guitarrista dos “Aerosmith”, disse a Paul McCartney, em tom jocoso, “deves ter composto isto em 20 minutos”, referindo-se à canção “Come and Get It”, escrita para os “Badfinger”, banda que esteve activa entre as décadas de 60 e 80, a resposta deixou pistas para compreender dúvidas.
“Estava a dormir, sabia que a banda precisava de uma música, acordei, desci as escadas, sentei-me ao piano, toquei-a, segui para os estúdios em Abbey Road uma hora antes do encontro com os Beatles, toquei todos os instrumentos e gravei a demo”, explicou. Pois “Come and Get It” foi regravada para a mais recente parceria de McCartney, agora com Johnny Depp, Joe Perry e Alice Cooper, tendo os “Hollywood Vampires” como protagonistas.
A história do grupo remonta ao “Lair of the Hollywood Vampires”, em Los Angeles, a meio dos anos 70, quando celebridades do rock’n’roll se juntavam para tocar no “Rainbow Bar and Grill”. Lá estavam Lennon, Ringo Starr, Harry Nilsson ou Keith Moon, o lendário baterista dos “Who”, havendo por vezes convidados como Elton John. O grupo aumentou, chegando a tocar em várias cidades dos EUA e também em Londres.
O renascimento com outra composição aproveita a experiência musical de Depp: tinha 12 anos quando a mãe lhe comprou a primeira guitarra. Tocaria em bandas como “Flame”, “Zaphyre”, “Bitch” ou “Bad Boys”, chegando a colaborar com os “Butthole Surfers”. Pelo meio, com “The Kids”, actuou nas primeiras partes de espectáculos de Iggy Pop, “Talking Heads”, B-52s ou “The Pretenders”. Mais tarde, a banda mudou de nome para “Six Gun Method”, mas, por entre enormes dificuldades financeiras, Depp seguiu o conselho do amigo Nicolas Cage: “Devias ser actor.”
Ganhou um papel em “Pesadelo em Elm Street” e a música passou a ser uma paixão muitas vezes expressa em filmes – o seu maior desafio, a este nível, surgiu em 2007 com “Sweeney Todd”, de Stephen Sondheim, no qual surgiu a cantar como se fosse profissional (Sondheim voltou a desafiá-lo para cantar, embora num papel menos relevante, no filme “Into the Woods” do ano passado). Para trás ficavam participações em trabalhos de “Oasis”, Shane MacGowan, Patti Smith, Marilyn Manson ou “Aerosmith”. Hoje ainda admite: “A guitarra é a minha maior paixão e ainda toco todos os dias.”
Com McCartney tem várias histórias: no tema “Early Days” do álbum “New” (2013), que se refere ao crescimento juntos daquela que seria a mais famosa parceria da história da música, o compositor convidou-o, conforme contou à revista “Rolling Stone”, em Julho do ano passado. “Liguei-lhe e convidei-o para uma ‘jam session’ que faria parte do videoclip com um grupo de ‘blues’ e ele aceitou logo”, disse.
O grupo incluía Roy Gaines, Al Williams, Dale Atkins, Motown Maurice, Lil Poochie, Henree Harris ou Misha Lindes e McCartney exultou com o resultado. “Johnny é o Alfred Hitchcock dos meus vídeos”, exclamou – Depp já aparecera em “My Valentine” (2012) e “Queenie Eye” (2013). “E tem qualidade, pois foi músico antes de ser actor. Aliás, um dos seus ex-parceiros de banda arranjou-me uma guitarra com a qual toquei ‘Cut me some slack’, ao lado de David Grohl, e ganhámos um Grammy! Logo, eu sabia que ele era capaz de tocar”, reconheceu Paul McCartney.
Como numa vida inteira
Perry contou a uma edição mais recente da referida revista como ficara hipnotizado em estúdio, ao lado de Cooper e Depp, pela genialidade que, aos 72 anos (completa 73 a 18 de Junho), continua a marcar Paul. “Aquela música nem sequer faz parte, por norma, dos seus espectáculos. E, no entanto, lembrava-se bem dela, tocou-a sem falhar qualquer acorde como se não houvesse outra que tocasse ao longo de toda a sua vida”, revelou.
McCartney fez “A” parceria com Lennon. Depois disso houve exemplos como John Bonham, John Paul Jones, Pete Townshend e David Gilmour (1979), Stevie Wonder e Carl Perkins (1982), Michael Jackson (1983), Elvis Costello (1989), outra vez David Gilmour (1999), Nigel Godrich (2005), Youth (2008), Kanye West e Rihanna, este ano, na cerimónia dos “Grammy”. A 24 de Setembro, no Rio, será a vez de Depp, Perry e Cooper. Bem acordados, claro.
Fonte: Econômico – Via e-mail.
Por Marina Sanches – @sancmarina.

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