quinta-feira, 12 de junho de 2014

"HELP!" - John - "Era o que eu queria dizer, é real".

BWJSDSdIMAA5XGIHelp!  John estava pedindo socorro mesmo
John Lennon: Violão e vocais principais.
Paul McCartney: Baixo e backing vocal.
George Harrison: Guitarra solo e backing vocal.
Ringo Starr: Bateria e pandeiro.
E com essa canção que eles aparecem pela primeira vez no filme: cantando na televisão preto e branco instalada no templo da deusa Kaili, logo depois que o sacrifício de uma jovem fora interrompido por sua irmã, que alerta:
- Ela não está usando o anel!
Claro que não: pode-se ver claramente na TV: o anel está no dedo de Ringo (coitado!).
Apóstolos, sacerdotes e Cia. da sanguinária Kaili partem para Londres, a fim de recuperar o anel do sacrifício, ou então, sacrificar aquele que estiver usando. E assim começa uma seqüência de trapalhadas às quais nada ficam a dever os filmes dos Trapalhões – a não ser, é claro, o charme dos quatro heróis.
O humor de Richard Lester parece harmonizar muito bem com a imagem dos Beatles na época. Mas não era essa a opinião de Paul:
254785_433928003342130_570047943_nHelp!!
- Help foi muito engraçado, mas não foi o nosso filme. Éramos assim como atores convidados. Foi engraçado, mas como idéia para um filme, estava um pouco errado para nós.
Talvez essa contradição se evidencie no contraste entre as piadinhas do roteiro e a seriedade de John ao escrever a letra de “Help!” (Socorro!):
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- Era o que eu queria dizer, é real. A letra é tão boa atualmente quanto foi na época. Gosto de saber que eu estava consciente, na época, de minha situação. Eu estava cantando “socorro!” e era isso que eu queria dizer mesmo.
Era a primeira letra que não contava uma história de amor melosa. John havia percebido que ser Beatle era assustador. Na letra, compara essa situação com as fases anteriores de sua vida, mais tranqüilas. E pede socorro. É uma letra angustiada, embora a música pareça tão alegrinha e, sobre isso, ele também reclama:
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- Não gosto da gravação. Fizemos rapidinho, pra ser comercial.
Mas o resultado é delicioso e a voz dele traz a expressão de seu desespero, apesar do arranjo comercial.
Por Marina Sanches - @sancmarina.

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