“Revolution” – “Vai dar tudo certo” – THE WHITE ALBUM.
A canção é de John Lennon e já havia sido lançado em compacto, do
lado B de “Hey Jude”, mas com uma versão diferente, mais roqueira. Essa
versão que abre o último lado do LP, é mais suave e quase acústica. John
escreveu essa música e queria lançá-la no Lado A de um compacto, porque
achava importante dizer às pessoas o que ele pensava sobre uma
revolução. Em geral, eles evitavam falar de assuntos políticos
(aparentemente, por ordens de Brian Epstein), como a guerra do Vietnã.
John não queria mais ficar omisso a respeito e acreditava que a
revolução era importante para melhorar o mundo:
- Quando eu digo na canção “it’s gonna be allright “(vai dar tudo
certo), é porque eu acredito nisso, ainda tenho aquela coisa de achar
que Deus vai nos salvar. E, apesar de jogar o jogo do Capitalismo acho a
revolução fundamental.
Mais tarde, John se tornaria um profundo admirador de Mao Tsétung.
Mas esteve em dúvida sobre o assunto no que diz respeito à violência,
tanto que gravou varias versões, dizendo às vezes “you can count me in”
(pode contar comigo) e às vezes “you can count me out” (não conte
comigo).
- A idéia de uma revolução violenta geral não me agrada, pois não quero ser assassinado.
Infelizmente, John só encontrou a parte da revolução de que não
gostava: a violência. Nessa faixa, ele faz a voz principal em dois
canais. A música ameaça começar, é interrompida, ouvem-se vozes, John
diz “ok” e, então, a guitarra solo entra – inesperadamente, no canal
esquerdo, pois na primeira versão estava do lado direito. O andamento
varia, como se houvessem problemas de rotação e o corinho
“do-di-do-uau-uau” lembra os anos 50.
Por Marina Sanches.
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