sexta-feira, 31 de maio de 2013

FAIXA-A-FAIXA, POR YOKO ONO.
Será postado uma faixa por dia, hoje é “JEALOUS GUY”
Essa é uma matéria do jornal Folha de São Paulo de 08/01/1998.
Os principais trechos dos comentários que Yoko Ono fez sobre cançoes de "Lennon Legend" para revista "Uncut":
“JEALOUS GUY” – “Ele era um cara ciumento. Tinha ciúmes do fato de eu ter outra  lingua em minha mente, o japonês, que ele não podia dividir comigo.”
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quinta-feira, 30 de maio de 2013

FAIXA-A-FAIXA, POR YOKO ONO.

Será postado uma faixa por dia, hoje é “MOTHER”.
Essa é uma matéria do jornal Folha de São Paulo de 08/01/1998.
Os principais trechos dos comentários que Yoko Ono fez sobre cançoes de “Lennon Legend” para revista “Uncut”:
“MOTHER” – “Ele teve uma infânica terrível. Bem, algumas pessoas tem infâncias piores, mas o que importa é como ele se sentia.”

quarta-feira, 29 de maio de 2013

FAIXA-A-FAIXA, POR YOKO ONO.

Será postado uma faixa por dia, a primiera é "IMAGINE".
Essa é uma matéria do jornal Folha de São Paulo de 08/01/1998.
Os principais trechos dos comentários que Yoko Ono fez sobre cançoes de "Lennon Legend" para revista "Uncut":
"IMAGINE" - "Ele desejava que existisse uma época em que todos pudéssemos ser felizes sem obsessão com material. Naquela época, havia só um pequeno grupo  de intelectuais que falava sobre paz mundial e fazia panfletos que não dava para ler por causa da linguagem acadêmica...John colocou sentido em tudo.


terça-feira, 28 de maio de 2013

FALANDO SOBRE ALGUMAS MÚSICAS DOS BEATLES

“I Saw Her Standing There” – no inicio ela se chamava “Seventeen”, uma música que contava a estória de um rapaz que se apaixonava por uma garota durante um baile e seu coração quase estourava, enquanto ele atravessava o salão para dançar com ela.
Paul começou a compô-la em 1961, e ela iniciava com a frase “She was just seventeen,  never been a beautyqueen” ( Ela tinha apenas 17 anos, e nunca foi uma bela rainha – garota), sendo que ele diz que ele nunca havia pensado sobre a música até o momento que ele a mostrou a John, e eles resolveram mudar a letra e terminar a melodia.
“A linha melódica do baixo, eu copiei da música I’m Talking About You” de Chuck Berry, mas ninguém acredita em mim, afinal qual é o problema de tocar um baixo que não fosse original?” disse Paul, em uma entrevista à revista “Beat Instrumental”.



 “Misery” – essa música foi escrita para a cantora “Helen Shapiro”, que na época era um dos grandes sucessos da Inglaterra, mas seu empresário não a deixou gravar e eles a deram a “Kenny Linch”, que foi o primeiro cantor a ter o privilégio de gravar uma música “Lennon/McCartney”.




 “Ask Me Why” – escrita em 1962, fez parte de uma das primeiras sessões de gravações na EMI, e teve seu “debut”( estréia) na BBC, e depois disso teve a letra modificada.



“Please Please Me” – inspirada em uma música gravada por Bing Crosby em 1932, chamada “Please”, onde na letra havia o “trocadilho” de “pleas” com “please”, e era uma música que Julia costumava cantar para John quando ele era pequeno.
A melodia, eles se inspiraram em “Roy Orbison”, e no início ela era uma música lenta, do estilo “Only the Lonely”, que eles adoravam.
Eles a levaram para o estúdio dessa forma, e George Martim ao ouvi-la, resolveu mudar o tempo, fazer uma música mais rápida, e então eles mudaram alguns trechos da letra e acrescentaram a gaita.
Logo depois da gravação da música e do sucesso, eles foram excursionar com Roy Orbison, mas curiosamente nunca tocaram no assunto, e embora tenham feito amizade com o cantor, a ponto de participar de festas de aniversário, eles nunca se preocuparam em conversar com Roy sobre composições, sendo que ele só ficou sabendo desse fato em 1987.




“P.S. I Love You” – escrita em 1961, possivelmente para  Dorothy “Dot” Rhone, namorada de Paul e amiga íntima de John. Quando os Beatles estavam em Hamburgo, Cynthia e Dot foram visitar os namorados e na época Paul disse a ela que tinha escrito uma canção, no estilo de uma carta – esse detalhe não aparece no filme “Backbeat”.
Quando foi oferecido o contrato de gravação à banda, Paul terminou o namoro com Dot, pois ele queria estar livre para o sucesso.




“Love me Do” – primeiro sucesso da banda, curiosamente ela tem a palavra “Love” repetida 21 vezes…




“Do You Want To Know a Secret?” – John se inspirou em sua lua de mel, e no desenho da “Branca de Neve e os Sete Anões”, onde na música “Wishing” existe o seguinte verso: “Wanna Know a secret? Promise not tell? We are standing by a wishing well” (Quer saber um segredo? Promete não contar a ninguém? Nós estamos fazendo um bom desejo).
A melodia foi inspirada na música “I Really You” do grupo “Stereos”, segundo George Harrison, gravadas por ele no Lp “Gone Troppo”.
John gravou o “demo” dessa música, que foi dada a Billy J. Krammer para gravar no banheiro, e embora ele gostasse de cantá-la, ele a deu George, pois: “Seria uma boa música para ele, pois ela tinha apenas três notas e ele não era o melhor cantor do mundo”.



“There’s a Place” – uma das primeiras tentativas de John de mostrar seus pensamentos mais profundos, de uma maneira sofisticada, segundo ele: “It’s all in your mind” (Está tudo na sua mente), que ele viria a aperfeiçoar mais tarde.
Foi uma tentativa de fazer uma música do estilo “Motown”, que eles tanto admiravam, e que tinha em seu “cast” apenas cantores negros.



Fonte: MAM

segunda-feira, 27 de maio de 2013

FALANDO SOBRE - "Abbey Road" - BEATLES.



Álbum de estúdio por The Beatles
Lançamento           26 de setembro de 1969
Gravação                  Abbey Road e Trident Studios, Londres:
22 de fevereiro a 20 de agosto de 1969
Gênero(s)                Rock, rock progressivo, hard rock
Duração                    47:23
Gravadora(s)        Apple Records
Produção                 George Martin

Singles de Abbey Road
"Something"
Lançado em: 6 de Outubro de 1969
"Come Together"
Lançado em: 31 de Outubro de 1969
"Here Comes the Sun"
Lançado em: 5 de Junho de 1970
"Oh! Darling"
Lançado em: 5 de Junho de 1970
Abbey Road foi o 12° álbum lançado pela banda britânica The Beatles. Foi lançado em 26 de setembro de 1969, e leva o mesmo nome da rua de Londres onde situa-se o estúdio Abbey Road. Foi produzido e orquestrado por George Martin para a Apple Records. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame1
Apesar de ter sido o penúltimo álbum lançado pela banda, foi o último a ser gravado. As músicas do último disco lançado pelos Beatles, Let It Be, foram gravadas alguns meses antes das sessões que deram origem a Abbey Road. O álbum é considerado um dos melhores do grupo e parecia que os momentos de turbulências tinham passado e tudo havia voltado ao normal entre eles, mas na verdade o maior problema da banda começou a esquentar: Guerra de poderes. Após a morte de Brian Epstein, Paul McCartney sugeriu que Lee Eastman, advogado de sucesso e pai de Linda Eastman, tomasse conta dos negócios mas os outros Beatles desconfiando e visando uma proteção maior ao legado de todos sugeriram que Allen Klein, (que era promotor dos Stones e já vinha tentando "roubar" os Beatles de Epstein há muito tempo), era a melhor opção pelo seu jeito convicto de "homem das ruas". McCartney não concordou por achar absurdo pagar 15% de todos os lucros para Klein. Após a separação da banda, Eastman foi advogado da carreira solo de Paul e Allen Klein foi a justiça por ter roubado uma média de 5 milhões dos Beatles. O restante dos Beatles mantiveram contrato com Klein até 1977.
George Martin produziu e orquestrou o disco junto com Geoff Emerick como engenheiro de som, Alan Parsons como assistente de som e Tony Banks como operador de fitas. Martin considera Abbey Road o melhor disco que os Beatles fizeram.2 E não é por menos: ele é o mais bem acabado de todos, um dos mais cuidadosamente produzidos (comparável somente a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band). Sua estrutura foi bastante pensada e discutida, e as visões discordantes dos integrantes da banda só contribuíram para a riqueza da criação final.
Também foi em Abbey Road que George Harrison se firmou como um compositor de primeira linha. Após anos vivendo sob a sombra de John Lennon e McCartney, ele finalmente emplacou dois grandes sucessos com este álbum: "Here Comes the Sun" e "Something". Ambas foram regravadas incessantemente ao longo dos anos, sendo que Something chegou a ser apontada pela revista Time como "a melhor música do disco" e como a segunda música mais interpretada no mundo, atrás somente de "Yesterday", também dos Beatles.
Este disco foi marcado pelo uso de novos recursos tecnológicos que estavam surgindo na época. Um deles foi o sintetizador Moog, que começava a ser utilizado em maior escala dentro do rock. Ele possibilitava que virtualmente qualquer som fosse gerado eletronicamente. O Moog pode ser notado claramente em músicas como "Here Comes the Sun", "Maxwell's Silver Hammer" e "Because". Por seu trabalho em Abbey Road, os engenheiros de som Geoff Emerick e Phillip McDonald ganharam o Grammy.

Faixas
Todas as canções escritas por Lennon/McCartney, exceto as indicadas:
Lado A
#                 Título     Duração
1.               "Come Together"                   4:20
2.               "Something" (Harrison)    3:03
3.               "Maxwell's Silver Hammer"                3:27
4.               "Oh! Darling"         3:26
5.               "Octopus's Garden" (Starkey)           2:51
6.               "I Want You (She's So Heavy)"           7:47
Lado B
#                 Título     Duração
1.               "Here Comes the Sun" (Harrison)   3:05
2.               "Because"                2:45
3.               "You Never Give Me Your Money"  4:02
4.               "Sun King"               2:26
5.               "Mean Mr. Mustard"             1:06
6.               "Polythene Pam"                    1:12
7.               "She Came in Through the Bathroom Window"           1:57
8.               "Golden Slumbers"               1:31
9.               "Carry That Weight"            1:36
10.            "The End"                2:05
11.            "Her Majesty"       0:23
Origens

Após as desastrosas sessões de gravação do álbum então chamado de "Get Back" (mais tarde intitulado "Let It Be" para publicação), Paul McCartney sugeriu ao produtor George Martin que os Beatles se reunissem e fizessem um álbum "como nos velhos tempos… como a gente fazia antes", gravado ao vivo, sem overdubs e, logicamente, livres dos conflitos que começaram com as sessões do Álbum Branco. Martin pensou, levou em consideração o acontecido de ter sido produtor secundário do álbum Get Back e aceitou, mas com a condição que a banda se comportasse "como nos velhos tempos", e ele seria tratado como o "produtor dos velhos tempos" também. Queria o consentimento de Lennon que aceitou numa boa pois eles estavam loucos para compor e gravar. Porém algumas faixas como "Something" e "Golden Slumbers/Carry That Weight/The End" seguiram o estilo do Álbum Branco, de gravar individualmente. Mas o resultado final acabou sendo este grande álbum, considerado por muitos críticos como o melhor da banda, e segundo a revista Rolling Stone o 14° melhor álbum de todos os tempos.
Quando foi gravado na época do vinil, o álbum tinha dois lados bem distintos entre si, a fim de agradar tanto a Paul McCartney como a John Lennon individualmente. O lado A, que ia de "Come Together" a "I Want You", foi feito para agradar a Lennon. É uma coleção de faixas individuais, enquanto que o lado B (para agradar a McCartney) contém uma longa coletânea de curtas composições que seguem sem interrupção. A sequência de juntar músicas inacabadas criadas por McCartney e Lennon em um enorme pout-pourri foi ideia de Paul, constituindo-se numa espécie de ópera dentro do disco. No entanto, diferente de Sgt. Pepper's, considerar Abbey Road um disco conceitual é um engano. "È um bom disco de Rock&roll", disse Harrison.
Sobre as músicas [editar]

Come Together .
A música que abre Abbey Road é uma das marcas registradas de John Lennon. Foi feita a pedido do guru do LSD, Timothy Leary, que concorreria a governador da Califórnia e tinha como tema da sua campanha a frase: "Let's Get It Together" ou "Vamos Pra Frente Juntos". A inspiração política não veio, mas Lennon terminou a música e a incluiu no disco. A "luz" veio de uma canção de Chuck Berry, "You Can't Catch Me", da qual Lennon copiou inclusive parte de um verso. Anos depois, Lennon admitiu a "influência" de Berry e foi levado à Justiça, mas a ação acabou em um acordo. No decorrer da canção, Lennon faz um barulho com a boca, uma espécie de "chuuunc!", que na verdade ele quer dizer "shoot me", algo como "atire em mim", ou "injete em mim" (uma gíria para o uso de heroína). Paul McCartney não gostava desse trecho por achar que teriam problemas com justiça, ou fans e sabendo que Lennon não retiraria, ele decidiu tocar seu baixo tão forte e alto de maneira que cobrisse a fala. Lennon não queria guitarra nessa música, mas McCartney achou que sem base e só no piano, o som ficaria vazio. Também deu uma ideia do solo que acabou entrando. George Martin escreveu numa nota do disco LOVE que "Come Together" é sua música favorita da carreira dos Beatles.


Something.
A famosa balada de George Harrison, escrita para sua esposa na época, Pattie Boyd, é considerada por muitos como o ponto alto do primeiro lado do disco. Ela representou, para críticos, a maturidade de George como compositor, marcada por uma melodia belíssima e pelo famoso estilo de guitarra do "beatle místico" já desenvolvida em "While My Guitar Gently Weeps". Foi escrita durante o White Álbum, e a primeira estrofe foi baseada na música "Something in the Way She Moves" de James Taylor, assinado pela Apple na época. Refinada durante as filmagens de Let It Be, (é possível ver Lennon dando umas dicas de composição para Harrison) a música foi oferecida para Joe Cocker, mas acabaram voltando atrás e gravando a canção. Primeira música de Harrison a ser lado A de um single, "Something" foi regravada por Frank Sinatra, que a considerava uma das grandes canções de amor da segunda metade do século XX, e que, ironicamente, atribua a autoria da canção à dupla Lennon/McCartney. É a melhor canção do álbum segundo Lennon e a melhor de George segundo McCartney. McCartney canta essa música com Eric Clapton no Concert for George em 29 de novembro de 2002, 1 ano após sua morte. Michael Jackson, que nos anos 80 comprou os direitos das músicas Lennon/McCartney, confidenciou a Harrison que gostaria de ter a balada em seu catálogo.

Maxwell's Silver Hammer.
Perguntado a Ringo Starr posteriormente qual foi o pior momento ao lado dos Beatles, Starr respondeu: 'Sem dúvida, as gravações de "Maxwell's Silver Hammer"'. Também não é para menos: Levaram três dias inteiros para gravar, inclusive com Lennon desistindo de participar dizendo que "era mais uma ideia estapafúrdia de Paul", Harrison teve que reprisar o solo muitas vezes e acabou cansando também e Starr odiava a ideia de ter que tocar bateria sem bater na caixa, com a baqueta batendo na coxa para marcar o tempo (só no refrão ele toca normalmente). McCartney argumentava que apenas queria "tudo dando certo", ou seja, "tudo do seu jeito". Apesar da melodia agradável, "Maxwell's Silver Hammer" conta, através de versos cheios de humor negro, a história de um maníaco homicida chamado Maxwell, que com seu martelo de prata sai matando todos por aí. McCartney estava convencido de que ela seria um sucesso, o que acabou não ocorrendo.
Oh! Darling.
Esta canção de McCartney é mais uma brincadeira ao estilo dos anos 50 do que uma composição a ser levada a sério. Toda a banda parece se divertir, e a qualidade dos Beatles como músicos fizeram de "Oh! Darling" um número famoso. Para poder realizar o vocal gritado e rasgado que caracteriza a música, McCartney realizava apenas um trecho da gravação dela por dia, no início da manhã, para que sua voz tivesse o tom e a força necessária. Lennon dizia durante as gravações que ele deveria fazer essa parte por ser mais seu estilo de voz. No álbum Anthology 3 é possível ver uma versão em que Lennon canta esse trecho e no final alguns trechos dele comemorando a notícia do divórcio de Yoko do seu primeiro marido.

Octopus's Garden.
Segunda colaboração de Ringo Starr para a banda como compositor (a primeira havia sido "Don't Pass Me By", do Álbum Branco). Foi inspirado numa viagem à ilha italiana da Sardenha durante as férias do último disco, quando se deparou com uma excursão turística que falava sobre a vida dos polvos. A guia turística dizia que os polvos para se protegerem, juntavam pedras coloridas em frente às suas tocas criando uma espécie de jardim, assim sendo: "Octopus’s Garden" ou "Jardim dos Polvos". Harrison ajudou Starr na composição (essa cena pode ser vista no filme Let It Be), porém Harrison deu total crédito a Starr. Além disso Harrison colaborou com Starr nas suas músicas a solo "Photograph", e "It Don't Come Easy". A letra simples que lembra temas infantis, a simpatia de Starr e a competência dos outros Beatles em acompanhá-lo tornaram "Octopus's Garden" um número muito querido entre os fãs ao longo dos anos. Embora o baterista já tivesse tido duas músicas cantadas por ele nas listas de sucesso ("Yellow Submarine" e "With a Little Help from My Friends"), essa foi a primeira e única vez que Starr faria sucesso com uma composição sua nos Beatles. Nalguns shows dos Oasis, Noel Gallagher cantava essa música no final da canção "Whatever".
I Want You (She's So Heavy).
A composição menos convencional de John Lennon em Abbey Road. Uma das músicas mais longas dos Beatles (com 7 minutos e 47 segundos), é formada por duas melodias inacabadas, unidas em uma só canção, sendo a primeira ensaiada durante as sessões de "Get Back" em fevereiro de 1969 com Billy Preston nos teclados, e a segunda durante as sessões de Abbey Road, com a duração de mais de 8 minutos (editada depois). Teoricamente esta é uma canção de amor, mas a fúria e a levada de Blues levam "I Want You" para o contraponto de "She’s So Heavy". Muitos críticos a consideram como uma música de rock progressivo, por sua estrutura, o "solo falado" e a duração. Foi usado o sintetizador Moog durante a canção e no final, para o efeito "vento". Foi pedido por Lennon ao engenheiro Geoff Emerick que "cortasse exatamente aqui" na marca de 7:44, criando um silêncio abrupto editado para o final do lado A. Outra versão é de que o rolo de fita teria acabado mesmo, durante a gravação. Nessa data, 20 de agosto de 1969, durante as finalizações dessa música, foi a última vez em que todos os Beatles estiveram juntos, tocando em um estúdio. Existe um bootleg com Paul cantando essa canção.

Here Comes the Sun.
Este é outro grande sucesso de George Harrison em Abbey Road, regravado inúmeras vezes ao longo dos anos por artistas como Peter Tosh e Richie Havens. O clima cheio de otimismo desta música tem uma explicação, que ele deu em entrevista uma vez: "Escrevi essa música na época em que a Apple parecia uma escola: Assine isto, assine aquilo… Parecia que o inverno na Apple duraria para sempre, então um dia tirei folga pra ir a casa de Eric Clapton e o alívio de estar naquele jardim ensolarado era tão maravilhoso que peguei o violão de Eric e escrevi "Here Comes The Sun". Foi inspirada na música "Badge" do Cream (banda de Clapton) e pode-se notar a presença forte do sintetizador Moog, muito usado em Abbey Road. Contou apenas com George, Ringo e Paul, pois John estava se recuperando de um acidente de carro. A banda gravou as "palmas" e George e Paul gravaram os "backing vocals" muitas vezes para sobrepor o som. Com um capotraste na 7ª casa do violão, foi possível deixar o riff num Lá maior e com a mesma estrutura de "If I Needed Someone" com o padrão de frases repetidas ao longo da canção. Joe Brown cantou essa música em "Concert for George."

Because.
Foi usado o sintetizador Moog por Harrison na introdução de guitarra e foi inspirada no "Moonlight Sonata" de Ludwig van Beethoven, que Yoko tocava enquanto Lennon pedia para tocar de trás para frente (John sempre pedia isso). Cada vocal foi gravado em cada linha de microfone e sobreposto 3 vezes cada, totalizando 9 vozes. Enquanto gravavam os Beatles exigiram a presença de Ringo na sala de estúdio, mesmo sem participar, apenas para "dividir aquele momento de harmonia" segundo o engenheiro de som Geoff Emerick. As versões solo dos vocais podem ser ouvidas no disco Anthology 3. "Because" é interpretada por Elliot Smith e está na trilha sonora dos créditos finais de Beleza Americana (1999), filme de Sam Mendes.
You Never Give Me Your Money .
Aqui começa a grande obra de Abbey Road, o pout-pourri formado pelas canções inacabadas de John Lennon e Paul McCartney. Esta foi criada por Paul e divide-se, na verdade, em três cançonetas distintas: Em "You Never Give Me Your Money", a música em estilo clássico e a letra pessimista, mal disfarça sua insatisfação com os rumos da banda, principalmente os financeiros - culpando seu agente na época, Allen Klein. Ele dizia: "Ele só nos dava papéis e mais papéis e quando perguntavamos sobre dinheiro e a situação da Apple ele desconversava dizendo que eramos músicos e não homens de negócios". Logo em seguida entra "Magic Feeling", com a voz de Paul lembrando cantores dos anos 50 e fala sobre estar desempregado e sem perspectivas de futuro, algo que remete em suas próprias situações: "But all that magic feeling/Nowhere to go" traduzindo: "Todo aquele sentimento mágico/Não há lugar para ir". As vozes referenciais de "Because" e "Sun King" entram aqui também. Em seguida vem "One Sweet Dream", que descreve um sonho dourado, algo como a volta por cima: "One sweet dream/Pick up the bags and get in the limousine" ou "Um doce sonho/Pegue suas malas e entre na limousine" nessa parte da canção, George usa arpejos similares aos de "Here Comes The Sun" com um "amplificador Leslie" o que registra essa espécie de guitarra que mais tarde se tornaria sinônimo do "estilo Harrison". E para finalizar, com um baixo inspirado e sons de grilos e outros bichos no final, uma frase com rima, onde os Beatles contam até sete e dizem que "todas as crianças boazinhas vão para o céu", emendando com a próxima, "Sun King". Alguns trechos dessa canção voltam na música "Carry That Weight."

Sun King.
Música escrita por Lennon cujo nome original da canção era "Here Comes The Sun King", mas foi encurtado para "Sun King" a fim de evitar confusões com a música de Harrison "Here Comes The Sun". Com um vocal triplo não tão elaborado como "Because" a música utiliza em seu meio alguma palavras em Inglês, Espanhol, Italiano e Português. Segundo Lennon: "Começamos a brincar de falar outras línguas e simplesmente misturamos tudo! Paul sabia um pouco de espanhol que aprendeu no colégio, inventamos algumas palavras sem sentido e o restante tiramos de jornais. "Los Paranóias", por exemplo, era uma notícia sobre a gente". Outro ponto interessante nessa música foi o efeito "cross-channel movement" que consistia em mudar o som de um canal para o outro (direita para esquerda e ao contrário, simultaneamente). Em entrevista de 1987, George disse que, para o timbre da guitarra, se inspirou em "Albatross" da banda Fleetwood Mac com o reverb, "Na época eu disse, vamos fazer igual o Fleetwood Mac com reverb… Não ficou muito parecido mas foi o ponto de origem".

Mean Mr. Mustard e Polythene Pam .
Ambas as músicas são de John Lennon, compostas durante a viagem à Índia em 1968. "Mean Mr. Mustard" foi baseada num fato real descrito por um jornal sobre um homem miserável que escondia dinheiro onde podia para que as pessoas não o forçassem a gastá-lo. Ele não se inspirou muito para escrever e obviamente descreveu no Anthology, anos depois como "um lixo escrito num pedaço de papel na Índia". Foi encontrada uma versão "demo" gravada na casa de Harrison em Esher que aparece no Anthology 3, onde é possível saber que o nome da irmã de Mustard era Shirley que foi mudado para Pam pela oportunidade de associar com a música seguinte: "Polythene Pam". Para compor "Polythene Pam", Lennon se inspirou no encontro que tivera anos antes com um amigo poeta de Liverpool, Royston Ellis (descrito por John na famosa entrevista pela Playboy em 1980, como "o homem que introduziu os Beatles nas drogas.") e sua namorada Stephanie. Na ocasião, ela estava vestida com uma roupa de polietileno. Há também a história sobre Pat Hodgett, fã dos tempos do Cavern que costumava comer polietileno e era conhecido como Polythene Pat. Esta é a terceira música do medley seguida por "She Came im Through the Bathroom Window."

She Came in Through the Bathroom Window .
Esta música composta por Paul McCartney faz parte da última canção do primeiro medley. No começo da emenda, John Lennon diz, "We'll listen to that now. (risos) Oh, look out!" Então alguém diz "You should…" que é cortado pela entrada da música. Mike Pinder, da banda de Rock progressivo e psicodélico The Moody Blues, conta no DVD The Classic Artists Series: The Moody Blues, lançado em 2006, que contou a Paul uma história de uma groupie que entrou pela janela do banheiro de Ray Thomas (outro membro da banda) e passou a noite com ele. Paul ouvindo o conto com sua guitarra na mão, em seguida disparou: "Ela entrou pela janela do banheiro…". Paul gravou a guitarra solo enquanto George Harrison gravou o baixo. Levaram 39 takes para gravar a guitarra base e a bateria, e essa canção do medley demorou quase 2 dias para ficar pronta.
Golden Slumbers e Carry That Weight .
Estas são duas das mais conhecidas músicas de McCartney em Abbey Road. A primeira foi criada após o beatle ter visto em um livro de sua meia-irmã Ruth, um poema de Thomas Dekker, do século XVII, em formato de canção de ninar. Paul disse: "Pensei que eram muito tranquilizadores, uma antiga canção de ninar, mas não conseguia ler a melodia na partitura. Então peguei os versos e coloquei minha música neles." Ele também tentou atingir sua voz num ponto alto como se fosse uma ópera, porque era um tema muito épico. Na música seguinte, "Carry That Weight", Paul aproveita para voltar a trocar farpas com os Beatles e com Allen Klein: "Boy, your gonna carry that weight/ for a long time" ou "Rapaz, você vai carregar esse peso/por um bom tempo". Paul poderia estar cantando para Lennon, algo como "se você deixar a banda, você vai carregar esse peso por muito tempo" ou para si próprio que tentou ser o gerente da banda após a morte de Epstein. No filme "Imagine" de John Lennon, ele diz: "Paul estava cantando sobre todos nós". No meio dela ele introduz trechos de "You Never Give Me Your Money", com a letra diferente. Paul toca piano e guitarra, George toca baixo e guitarra e Ringo bateria. John não participou desse medley (apenas gravou os backings posteriormente, com os quatro juntos, uma raridade em suas cançoes) devido a um acidente de carro com Yoko e seu filho Julian. Uma orquestra foi adicionada após as gravações. Essa música é a terceira parte do segundo medley e conta com a próxima música "The End."

The End.
O título desta música de Paul McCartney diz tudo: ela não só fecha o disco, mas também a carreira dos Beatles antes da separação. Foi a última canção a ser gravada pelos Beatles e a última canção do medley. Lennon disse na entrevista da Playboy: "Aquilo é Paul McCartney. A frase final carrega uma filosofia cósmica que prova que quando Paul quer algo, ele consegue." Ringo faz o único solo de bateria em toda sua carreira. Paul dividiu o solo de guitarra em 3 partes e deu para George e John tocarem uma parte fazendo assim uma sobreposição de solos. "The End", antes chamada de "Ending" era para ser a última música do disco, mas "Her Majesty" acabou entrando no álbum. Essa sequência está presente até hoje nos shows de Paul McCartney e a frase final ecoará para sempre como o epitáfio da banda na história da música: "And in the end/The love you take/Is equal to the love you make" ou "E no final/O amor que você recebe/ É igual ao amor/Que você faz."
Her Majesty.
Esta é a "faixa escondida" de Abbey Road. Ela surge após um silêncio de 14 segundos, no fim de "The End", e dura apenas 23 segundos, com Paul cantando acompanhado do violão. Originalmente ela estava entre as músicas "Mean Mr. Mustard" e "Polythene Pam" (O primeiro acorde da faixa é na verdade a última nota de "Mean Mr. Mustard", e a música acaba abruptamente porque ela emendaria com o primeiro acorde de "Polythene Pam"), mas como Paul não gostou da posição original da música, e pediu para o engenheiro de som John Kurlander, para retirar e destruí-la, porém era norma da EMI nunca jogar fora nem destruir nada dos Beatles. Então ele adicionou a música para frente do final do disco para separá-la e esperar por uma futura aprovação o que acabou acontecendo. Paul disse mais tarde: "Foi um acidente, coisa típica dos Beatles". O estilo "dedilhado" foi tirado da música "They’re Red Hot" de Robert Johnson, que influenciou outros guitarristas como Eric Clapton e Keith Richards. Foi criada por Paul após os Beatles terem recebido os títulos de Membros do Império Britânico (MBE) das mãos de Elizabeth II, em 1965. Na primeira edição do disco, ela não foi creditada na capa do LP (vinil), apesar de vir creditada no selo do disco vinil.

Capa .

Fotos de Abbey Road – Beatles atravessando a rua.

A famosa fotografia da capa do álbum foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road em 8 de agosto de 1969 por Iain Macmillan. A sessão de fotos durou dez minutos, John sempre muito apressado só queria "tirar a foto e sair logo dali, deveriamos estar gravando o disco e não posando pra fotos idiotas" detalhe: a ideia da foto era de Paul McCartney. Foram feitas seis fotos. Paul McCartney escolheu a que achou melhor. A foto foi objeto de rumores e teorias de que Paul estaria morto, vítima de um acidente de carro em 1966. Apesar de ter sido apenas uma brincadeira e puro marketing do grupo, a lenda ainda é assunto de alguns beatlemaníacos. Na capa do LP, os Beatles estão a atravessar a rua numa faixa de segurança a poucos metros do Estúdio Abbey Road, e ficou marcada para sempre para muitas pessoas.
A foto conteria supostas "pistas" que dariam força ao rumor de que Paul estava morto: Paul está descalço (segundo ele, aquele dia fazia muito calor, e ele não estava aguentando ficar com nada nos pés), fora de passo com os outros, está de olhos fechados, tem o cigarro na mão direita, apesar de ser canhoto, e a placa do fusca, em inglês, "beetle" estacionado é "LMW" referindo se as iniciais de "Linda McCartney Widow" ou "Linda McCartney Viúva" e abaixo o "281F", supostamente referindo-se ao fato de que McCartney teria 28 anos se (if em inglês) estivesse vivo. (O I em "28IF" é realmente um "1", mas isso é difícil de se ver na capa. Um contra-argumento é que Paul tinha somente 27 anos no momento da publicação de Abbey Road, embora alguns interpretem isso como ele teria um dia 28 anos se ele estivesse vivo.) Os quatro Beatles na capa, segundo o mito "Paul está morto", representariam o Padre (John, cabelos compridos e barba, vestido de branco), o responsável pelo funeral (Ringo, em um terno preto), o Cadáver (Paul, em um terno, mas descalço - como um corpo em um caixão), e o coveiro (George, em jeans e uma camisa de trabalho denim). Além disso há um outro carro estacionado, de cor preta, de um modelo usado para funerais e eles andam em direção a um cemitério próximo a Abbey Road. Notem também que atrás do Paul tem um carro como se estivesse passado pelo mesmo lugar que ele está. Outra suposta pista seria que na contra-capa do álbum, ao lado esquerdo da palavra Beatles, teria 8 pontos formando o número 3 (sendo então "3 Beatles"). O homem de pé na calçada, à direita, é Paul Cole, um turista dos EUA que só se deu conta que estava sendo fotografado quando viu a capa do álbum meses depois.








Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 25 de maio de 2013

Não percam amanhã o Twitcam no Parlophone B Seven B Seven, é maravilhoso, já participei e foi muito bom, vamos lá pessoal não percam, amanhã hem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


sexta-feira, 24 de maio de 2013

A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DOS BEATLES NA TV AMERICANA.

Os Beatles já eram um sucesso na Grã-Bretanha quando, em novembro de 1963 – duas semanas antes do lançamento de With The Beatles -, Brian Epstein foi a Nova York. Como os Beatles vinham sendo lançados nos EUA por um selo independente e fracassando, Brian tinha a missão de persuadir a Capitol Records a apoiar os Beatles com peso corporativo e o apresentador de televisão Ed Sullivan a trazer a banda ao seu programa de variedades. Graças à ajuda de milhares de fãs frenéticos dos Beatles, Epstein falara com Sullivan uma semana antes quando, por acaso, estava de passagem pelo Aeroporto de Heathrow no dia em que os Beatles voltavam de uma série de shows na Suécia. O local estava uma loucura, com gritos e fãs apaixonadas. Ed Sullivan ficou impressionado e convidou Epstein a procurá-lo em Nova York. Uma semana depois, lá estava Brian, pronto para conversar com Sullivan. Ele não falou em dinheiro, mas insistiu que os Beatles fosse a atração principal – que garantia que a banda seria incluída nas chamadas do programa. Brian saiu dos EUA com um contrato para três participações – duas ao vivo e uma gravada – em domingos consecutivos em fevereiro de 1964 e um chachê que consistia em passagens aéreas e 4 mil dólares.
2- With The Beatles -1963
A primeira percepção dos Beatles nos EUA viria na semana de férias entre o Natal e o Ano-Novo, quando as estações de rádio do país inteiro começaram a tocar “I Want to Hold Your Hand”. Depois do dia 1° de janeiro, enquanto os estudantes retornavam do feriado natalino, o som da música no rádio era acompanhado pela chegada do disco às lojas, e a novidade musical começavava a se espalhar pelas escolas dos Estados Unidos. A Capitol lançou às pressas o LP Meet The Beatles, vendendo mais de meio milhão na primeira semana.
Os Beatles em Paris, antes de irem aos EUA.
Os Beatles em Paris, antes de irem aos EUA.
O telegrama com a notícia de que “I Want to Hold Your Hand” chegara ao primeiro lugar nos EUA chegou aos Beatles na terceira semana de janeiro, em um hotel em Paris. Logo um grupo de jornalistas americanos fora enviado para obter citações, fotos e material para os artigos que estavam sendo preparados para a chegada da banda, que se daria em breve. A Capitol Records havia colocado 5 milhões de pôsteres onde se lia “The Beatles are coming” por todo o país e certa de cinco mil pessoas fizeram o pedido para os setecentos ingressos do Ed Sullivan Show.
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Quando os Beatles chegaram ao Aeroporto de Heathrow para pegar o avião rumo aos EUA, eles não sabiam de nada disso. Sabiam, apenas, que os discos haviam ido bem. Heathrow estava explodindo com tantas fãs gritando e soluçando, segurando faixas que diziam “We love you Beatles“. Policiais formavam correntes, com os braços dados, tentando conter  a multidão. Depois de uma entrevista coletiva, eles foram levados até o avião. No topo da escada, eles acenavam para as varandas lotadas do aeroporto ao som de gritos cada vez mais alto. Estavam no avião, além dos Beatles, Brian Epstein, Cynthia Lennon, Neil Aspinall e Mal Evans. Haviam também alguns jornalistas e fotógrafos, incluindo uma equipe do Liverpool Echo. O avião parecia uma festa: havia muito champagne, e todos ficavam mais eufóricos à medida que se aproximavam dos Estados Unidos. Eles estavam claramente com medo de ser apenas mais um grupo inglês sem sucesso nos EUA, mas qualquer idéia de esquecimento foi rapidamente abortada enquanto eles olhavam pelasjanelas do avião no momento em que ele taxiava para parar. Eles trocavam olhares eufóricos e assustados. John gritava “Ah, meu Deus, olhem só aquilo!”. Mais de 10 mil adolescentes esperavam pela banda cantando “Nós amamos vocês, Beatles, amamos mesmo!”.
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Quando a porta do avião foi aberta, os gritos era ensurdecedores. Eles conquistaram os americanos antes mesmo de aparecerem em público. Quando desceram do avião, foram rapidamente levados para um salão em que alguns jornalistas e equipes de televisão esperavam para realizar uma estrevista coletiva. Era a maior que já haviam feito, e John teve que gritar para que houvesse um pouco de silêncio. As perguntas era curtas e rápidas, seguidas sempre de um comentário espirituoso.
- Qual é a maior ambição de vocês?
- Vir para a América.
- Vocês esperam levar alguma coisa daqui?
- O Rockefeller Center.
Depois da coletiva, foram escoltados até os luxuosos Cadillacs que estavam esperando para levá-los até o Hotel Plaza. Enquanto olhavam pela janela encantados com a cidade que viam, as rádios eram interrompidas por boletins constantes que anunciavam a chegada dos Beatles. Todas as ruas em torno do hotel estavamborbulhando de loucura. As milhares de garotas gritavam sem parar com suas perucas dos Beatles, faixas, fotos e camisetas. Os policias estavam exaustos, se esforçavam tanto para que ninguém rompesse a barreira, que seus rostos estavam vermelhos. Quando chegaram no hotel, foram levados até uma suíte espetacular. Quando olhavam pelas janelas, viam as multidões que vinham de todas as direções. A chance de fazerem turismo estava descartada. Guardas e funcionários do hotel ficavam ao lado da porta da suíte dia e noite, enquanto outros guardas ficavam na parte de baixo do hotel, preparados para capturar as fãs que conseguiam romper a barreira policial. O telefone tocava com uma frequência assustadora, e telegramas chegavam o tempo inteiro – entre eles, um de Elvis. Eles só conseguiam sair pela porta dos fundos e tinham que correr direto para a limousine e abrir caminho vagarosamente entre a multidão.
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Os Beatles tocaram no Ed Sullivan Show dois dias depois de terem chegado aos EUA. George Harrison estava tão gripado e se sentindo tão mal que teve de ser dopado com remédios para conseguir se apresentar. Todos os medos e inseguranças que tinham fora destruído no momento em que Paul foi até o microfone e cantou “Close your eyes and I’ll kiss you”. Segundo alguns institutos de estatísticas, foi a maior audiência registrada por um programa na televisão americana. 74 milhões de americanos sintonizaram no Ed Sullivan Show no dia 9 de fevereiro de 1964, numa tarde de domingo, e foram, definitivamente, apresentados aos Beatles. Enquanto eles, depois de todo o medo de fracassar nos EUA, olhavam encantados para os rostos em êxtase na platéia e entendiam que estavam começando a conquistar o mundo.